CLC_2 Poluição Atmosférica


A poluição atmosférica refere-se as alterações da atmosfera susceptíveis de provocarem um impacto a nível ambiental e saúde humana, através da contaminação por gases ou partículas nocivas. As grandes cidades e áreas com maior nível de industrialização são os que apresentam níveis de contaminação do ar mais elevados, facto que merece a nossa preocupação. A poluição nestas áreas, ocorre devido ao facto de que estas regiões possuem mais focos de poluição, como os escapes dos automóveis, que imitem uma grande quantidade de gases poluentes, os aquecimentos domésticos, os fumos industriais, os incêndios florestais e as pulverizações com pesticidas. As características climatéricas de cada região e a sua posição geográfica e os ventos dominantes, também contribuem para a poluição atmosférica, visto que a circulação do ar não e igual em todas as regiões. Os espaços propícios para a concentração da poluição atmosférica, são os locais afastados do litoral e regiões abrigadas, pois o ar não se movimenta e os gases acumulam-se. Nos países desenvolvidos verifica-se uma maior concentração de poluição atmosférica, devido ao grande nível de industrialização e ao modo de vida das pessoas que utilizam demasiado os automóveis, os CFC’s, etc. No entanto, este problema cada vez mais se estende aos países em desenvolvimento, devido a esses países começarem a utilizar cada vez mais automóveis e a ter cada vez mais fábricas.

As consequências da poluição atmosférica

As condições geográficos e meteorológicos também são importantes para o agravamento ou diminuição do efeito da poluição no ar. O “Smog” define-se como uma combinação de fumo e de nevoeiro em áreas urbano industriais, surge em situações de nevoeiro, a sua formação é favorecida pelos focos de poluição, que aumentam o número de núcleos de condensação (poeiras ou partículas diversas) na atmosfera saturada ou quase saturada.
As consequências do Smog são:



- A inversão térmica, ou seja, o aumento da temperatura durante o dia, e em condições de grande arrefecimento nocturno.
- Provoca directamente nas pessoas asma, bronquite, problemas respiratórios e cardíacos.
- A concentração de fumos à superfície.

As Chuvas Ácidas

As chuvas ácidas formam-se com a libertação de dióxido de enxofre e de óxido de azoto (provenientes de fábricas e automóveis) para a atmosfera. Estes gases que foram libertados para a atmosfera são levados pelos ventos para as nuvens. A combinação destes gases com o oxigénio e o vapor de água (que se misturam) contido nas nuvens, dá origem a ácido sulfúrico e ácido nítrico, ou seja, formam-se as chuvas ácidas.



Com a precipitação, as chuvas ácidas originam a acidificação dos solos, que vai prejudicar a agricultura e as espécies de árvores e plantas que vão nascer. Outra consequência é a destruição da vegetação e a contaminação da água. As chuvas ácidas embora afectem mais as regiões industrializadas da América do Norte (EUA e Canadá) e da Europa (Alemanha, Áustria, Polónia, República Checa, Escandinávia), devido à emissão de dióxido de enxofre e à queima de petróleo e carvão, são um problema global visto que os ventos transportam as partículas poluentes.

O efeito de estufa

O efeito estufa é um fenómeno natural que permite o planeta manter-se aquecido, desta forma é possível a vida na Terra. O problema é que, ao lançar muitos gases de efeito estufa na atmosfera, o planeta torna-se cada vez mais quente. O sol erradia luz ultravioleta, infravermelhos entre outras, que atravessam a atmosfera, mas nem todas chegam à superfície, pois são absorvidas pela camada de ozono (função de filtro), difunde e reflecte parte dessa radiação. Quando estes gases entram em contacto com a camada de ozono destroem-no, tornando o planeta vulnerável as radiações solares. A crescente emissão de dióxido de carbono é prejudicial, pois o CO2 permite a passagem da radiação solar para terra mas depois funciona como uma barreira, não deixando sair o calor que é reflectido pela superfície terrestre, então o calor fica concentrado formando o Efeito de Estufa.
Este fenómeno atinge mais os países desenvolvidos, por serem os maiores emissores de dióxido de carbono. Na actualidade as regiões menos desenvolvidas e industrializadas também são afectadas por este problema, devido à queima das florestas tropicais e fenómenos naturais (erupções vulcânicas). Este processo tem duas consequências:
- O aquecimento global do planeta, o que pode provocar a fusão do gelo das regiões polares e a subida dos oceanos, com a submersão das regiões litorais.
- Alterações climatéricas que poderão acelerar o avanço dos desertos (desertificação).

A destruição da camada de ozono

A existência de ozono na estratosfera é vital para a Terra, pois absorve grande parte da radiação ultravioleta. O ozono é assim indispensável, protegendo-nos do excesso de radiação ultravioleta, embora ao nível do solo seja prejudicial para a saúde e para o ambiente.

Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o efeito de estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto destas substâncias causa um aumento da temperatura global (Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas.

Alterações climáticas

Nos últimos anos, as alterações climáticas manifestam-se de forma mais intensa, vagas de calor, dilúvios, enxurradas, um crescente número de tornados, as inundações são mais frequentes. Estes factores estão todos relacionados com o aquecimento global. Assim, como o degelo das calotes polares e o aumento do nível dos mares. Se estes problemas continuarem a agravar-se, provavelmente haverá a destruição da camada de ozono, o que vai terminar com a vida no planeta Terra.

Combustíveis alternativos
Os veículos de locomoção são dos maiores poluentes, visto gastarem combustíveis fosseis. A aposta no uso dos combustíveis alternativos e os chamados carros híbridos começam a ter maior impacto e utilização nos mercados internacionais, não só pela constante alta do preço do petróleo mas também pela preservação do meio ambiente. As maiores potências mundiais estão firmes em avançar cada vez mais em pesquisas de energias renováveis. O Brasil nos anos 80 deu os primeiros paços neste sentido quando desenvolveu o Proalcool, (produção de álcool como combustível). Na viragem do século desenvolveu o biodiesel, (produção de diesel através das plantas). Na Europa adoptou-se o biogas e o gás natural, que proporcionam uma economia a nível financeiro e benefícios ambientais. Os biocombustíveis, cada vez mais ganham mercado nos transportes nos últimos anos, as principais razões para o seu uso são:
– Contribuir para uma segurança no fornecimento energético;
– Contribuir para a redução de emissões de gases com efeito de estufa;
– Promover uma maior utilização de energia renovável;
– Diversificar as economias agrícolas em novos mercados.



(Tabela retirada de: http://www.sugre.info/docs/D6_ 1a_ Multimedia_Supported_Lectures_PT.pdf)

Hoje em dia uma das energias mais limpas e económicas e a energia nuclear. A energia nuclear é, em média, 28% mais barata que o carvão, 24% que o gás natural e 53% que a energia eólica. Uma central nuclear não emite CO2 para a atmosfera cumprindo totalmente o protocolo de Quioto.
A taxa actual de acidentes deste tipo de energia é insignificante, tornando-a extremamente segura.

Quais as vantagens da Implementação de uma Central Nuclear:

– Redução do Deficit da Balança Comercial.
– Aumento da Competitividade de Portugal.
– Diminuição das Assimetrias do Custo de Energia face à média da EU.
– Cumprimento do Protocolo de Quioto.
– Inversão da posição de “Importador de Energia” para “Exportador de Energia”.

Conclusão

Ate que ponto o nosso planeta pode aguentar o mal que fazemos? A resolução de todos estes problemas só depende de nos. Enquanto, os países industrializados não derem o exemplo de como combater todo o tipo de poluição e como gerir os recursos naturais existentes, a degeneração do planeta será rápida e catastrófica. Todos temos de preservar o planeta para que este nos possa acolher de forma saudável. Vamos construir um planeta verde.

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